domingo, 3 de fevereiro de 2008

O circulo das 99

Era uma vez um rei triste que tinha um servo, como um bom servo de um rei triste era muito feliz.
Todos os dias vinha trazer o café da manhã alegre e cantando músicas, ele sempre tinha um sorriso no seu rosto estampado, e sua atitude para com vida era sempre serena e alegre.
Um dia o rei chama-o e disse - lhe.

- Qual é o seu segredo?
- Que segredo majestade?
- Qual é o segredo da sua felicidade?
- Não existe nenhum segredo majestade.
- Não mintas para mim. Eu já mandei corta cabeças por ofensas menores que uma mentira.
- Não mentira majestade, não escondo qualquer segredo. -
E por que razão você está sempre alegre e feliz?
- Majestade, não existe razões para estar triste.
Sua alteza honra-me a mim permitindo atender-te, tenho minha esposa e meus filhos vivendo na casa de que a corte tem separado para mim, somos vestidos e alimentados, e também sua alteza me gratifica por muitas vezes com algumas moedas para nos dar alguns prazeres.
Como posso não ser feliz.

- Se você não disser qual é o segredo vou mandar de captar você. Disse o rei, ninguém pode ser feliz por essas razões que deste.
- Mas não há nenhum segredo majestade, disse o servo, nada me daria mais prazer de agradar-te, mas não há nada que esteja escondendo. -
Vai, disse o rei, senão vou chamar o carrasco.
O servo sorriu, deu meia volta e deixou a sala.
O rei era realmente como louco, não conseguiu explicar como o aquele servo era tão feliz, vivendo de coisas emprestadas usando roupas e alimentação que sobrava dos nobres do palácio.
Quando se acalmou, chamado o mais sensato dos seus conselheiros e disse toda a conversa com seu servo.
- Porque ele está feliz?
- Ah majestade, o que acontece é que ele está fora do círculo
- Está fora do círculo? Perguntou o rei.- Sim. E como saiu?
- Não, ele nunca entrou.
- Mas o que é esse círculo?
- O círculo das 99.
- Eu “realmente não compreendi nada”, afirmou o rei.
-A única maneira seria mostrar na prática o que estou dizendo, e assim, o teu servo entrará.
- Isso! Vamos Obrigá-lo para entrar.
Não - alteza, ninguém pode obrigar ninguém a entrar no círculo.
- Então temos que o enganar.
-Se der uma oportunidade, ele vai entrar sozinho, sozinho.
- Não ele não perceberá? Vai perceber e não vai querer entra? Disse o rei.
- Ele não vai ser capaz de evitar. Portanto, sua alteza está disposto a perder um excelente servo, para poder compreender a estrutura do círculo?-Disse o sábio.
- Sim, estou! O rei respondeu.

- Esta noite vou te procurar, deves ter preparado uma sacola de couro com 99 moedas de ouro, nem mais nem menos, 99.
- E o que mais? Tenho que chamar os guardas?
- Não, nada, mais a sacola de couro com 99 moedas.
Quando eles se reuniram, esperou escurecer, e quando no interior da casa estava acesa a primeira vela, o sábio agarrou a sacola e colocou um bilhete dizendo: "Este tesouro é seu, este é o prêmio por ser um Bom homem, desfruta e não conte a ninguém como foi encontrado”.
Então colocou aquele bilhete junto com a sacola, deixou á porta do empregado, bateu na porta e saiu.. Quando criado abriu a porta, o sábio e o rei espionavam atrás algumas árvores, observando o que estava acontecendo.
O servo agarrou a sacola, leu o bilhete, apertou a sacola contra o seu peito, olhou de um lado para outro e... Entrou sua casa, tirou todas as coisas que estavam sobre a mesa, derramou o conteúdo da sacola.
Seus olhos não podiam acreditar, via uma montanha de moedas de ouro.
Para ele que nunca havia tocado uma dessas moedas, tinha agora uma montanha para ele.
Começou a empilhar, e acariciava fazia brilhar a luz da vela, ajuntava, esparramava , fazia pilhas e pilhas brincando e divertindo-se.
Ele as contava e começou a fazer pilhas de dez, uma pilha de dez, duas pilhas de dez, três pilhas, quatro, cinco, e quando a contagem foi feita, dez, vinte, trinta quarenta até que formou a última pilha, de nove moedas!... Seu olhar percorreu primeiro a mesa procurando uma moeda e, em seguida, no assoalho, finalmente, na sacola.
-Não pode ser!
Olhou a última pilha ao lado uma das outras e confirmou que ela era menor.
-Fui roubado, me roubaram! Malditos
Voltou a olhar para na mesa, no chão, na sacola, em sua roupa em seus bolsos vazios, arrastou os moveis e não encontrou o que ele queria.
Em cima da mesa... como zombando dele, e lembrando-lhe que estava ali, brilhando as 99 moedas de ouro, apenas 99. - É muito de dinheiro, disse ele.
-mas eu preciso de mais uma moeda. 99 não é um número completo! 100 é um número completo! 99 não! O rei e seu sábio conselheiro olhou pela janela, o rosto do empregado, já não era o mesmo, ele estava fruzindo a testa e com traços rígidos.
O servo guardou as moedas na sacola e olhando para todos os lados, para ver se ninguém estava olhando. Escondeu sacola entre a madeira da parede e, em seguida, tomou papel e caneta e sentou-se para fazer os cálculos. Quanto tempo teria que trabalhar como servo e comprar a sua moeda número 100?
Em todo o tempo conversando sozinho, ele estava disposto a trabalhar arduamente para conseguir, então depois ele não precisaria mais trabalhar.
Com 100 moedas ouro um homem pode parar de trabalhar. Com 100 moedas ouro é um homem rico. Com 100 moedas ouro posso viver tranquilamente.
Fez cálculos, se trabalhasse arduamente com algum dinheiro extra em 11 ou 12 anos conseguiria necessário. Doze anos é muito tempo, talvez eu possa pedir a minha mulher ir à procura de algum trabalho na aldeia por um tempo, e ele, depois de terminar a minha tarefa ás 5 da tarde no palácio, poderia trabalhar até mais tarde e receber algumas horas extras.
Estava certo, fez as contas, acrescentou o seu trabalho nas aldeias e o de sua esposa, em sete anos ganharia o dinheiro. Mas era ainda muitos anos.
Talvez possa trazer uma grande quantidade de comida que sobrava do palácio à noite vende-la por algumas moedas, e assim continuou extraindo suas contas. O rei e o sábio retornaram ao palácio, aquele servo tinha se tornado parte do círculo das 99! Durante os meses seguintes, o servo seguiu seus planos, mas mudou de ânimo, e já não cantava.
Num momento o rei lhe perguntou.

O que aconteceu com você?
- Nada, não aconteceu nada.
- Olha, não faz muito tempo, você sorria e sempre cantava.
- Eu faço o meu trabalho não faço? O que vossa majestade gostaria que eu fosse seu bobo da corte e trovador.
Não demorou muito, e o rei demitir seu servo.
Não era bom ter um servo que estava sempre de mau humor.



Todos nós somos educados com esta estúpida ideologia: sempre está faltando algo para estarmos completos e somente completos poderemos aproveitar do que temos.
Portanto, nos ensinaram que a felicidade deverá esperar completar o que nos falta...
E como sempre nos falta algo, a idéia retorna ao começo e nunca se pode desfrutar a vida.
Porem o que aconteceria se a iluminação chegasse a nossas vidas e nos déssemos conta, assim, num piscar de olhos, que nossas 99 moedas são os cem por cento de nosso tesouro.
Que não nos falta nada, que ninguém ficou com o que é nosso, que não existe nada mais redondo cem de que noventa e nove.
Que tudo é somente uma armadilha, uma miragem colocada em nossa frente para sempre estarmos, mal-humorados, infelizes, infelizes ou inconformados...
Uma armadilha para que nunca deixemos de usar toda a nossa força em uma só direção e que tudo segue igual...
Quantas coisas mudariam se pudéssemos desfrutar os nossos tesouros tal como estão?

Pense:

A felicidade sempre está ou nosso alcance, ainda que não saibamos fazer uso dela porque sempre queremos mais e mais... Quem sabe deveríamos começar a desfrutar destas 99 moedas de ouro...





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